Como investir para a Aposentadoria com Títulos Públicos?

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Onde investir para acumular para a aposentadoria?

Um dos motivos mais comuns pelo qual investimos é para a nossa aposentadoria. Essa é também a melhor situação para que os juros compostos mostrem a sua força, pois investimos com o horizonte de vários anos, se não de décadas.

Acumulando para a Aposentadoria

A grosso modo, quando falamos em investir para a aposentadoria, temos duas fases distintas: a acumulação, quando estamos apenas juntando e investindo recursos, e a fase da geração de renda, quando as reservas acumuladas são transformadas em renda periódica. Focaremos agora na primeira fase, a acumulação.

Uma característica importante da fase da acumulação é que normalmente temos bastante tempo para nossos investimentos maturarem e os juros compostos fazerem a sua “mágica”. Um dos maiores riscos, no entanto, é a inflação. Por causa dela, dificilmente R$ 1.000 comprarão daqui a 20 anos a mesma coisa que podem comprar hoje. Portanto surge a premissa: buscar retornos maiores que a inflação. A esse ganho acima da inflação é dado o nome de retorno real, pois corresponde a um aumento do seu poder real de compra.

Em qual Título Público investir?

Pensando no longo prazo e em obter retornos maiores que a inflação, o ideal para a fase de acumulação é um investimento indexado à inflação. O título público que tem essas características é a NTN-B, e no caso do Tesouro Direto, existe também a NTN-B Principal. Ambas rendem a inflação + uma taxa pré-fixada.

A NTN-B Principal é a escolha mais interessante para essa fase, pois não tem pagamentos intermediários de juros (cupom). Na outra opção teríamos o pagamento de cupom, que nessa fase de acumulação só gerariam desvantagens: os cupons têm uma tributação desfavorável e ainda teríamos que reinvestí-los a cada 6 meses. Não bastassem os custos e o trabalho desse reinvestimento, ainda existe outro risco: não conseguir obter as mesmas taxas que tínhamos no início do investimento. O objetivo nessa fase é claro: acumular. Então por que receber os cupons?

Quanto à escolha do vencimento, felizmente existem poucas opções. Atualmente existem apenas 3 vencimentos para a NTN-B Principal disponíveis no Tesouro Direto: 2015, 2024 e 2035. Basta definir por quanto tempo pretende estender a fase de acumulação e escolher um prazo condizente. Até lá, deixe seu dinheiro crescer!

Recomendo fortemente a leitura do artigo sobre estratégia mensal com NTN-B Principal.

Ulisses Nehmi é editor do Blog do Investidor e profissional da área de investimentos.

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63 COMMENTS

  1. Boa Tarde, no caso da ntnb principal com vencimento para 2015,como ficaria o meu investimento caso eu precise retirar antes do prazo? Obrigado pela a ajuda

    • Sc,
      Caso precise resgatar o seu investimento antecipadamente, basta vender suas NTN-B Principal pelo preço de mercado vigente. Quanto mais perto do vencimento estiver, menor o risco de ter grandes variações em relação à taxa pactuada no início da operação.
      Abs

  2. Ulisses,

    Por que a NTN-B principal com vencimento para 2035 possui juros menores do que a com vencimento em 2024 (5,74 x 5,77)? Não deveria ser o inverso?
    Grande abs e parabéns pelo excelente blog!
    Leandro (Maringá)

    • Maringá! Tudo bom?
      Obrigado pelo comentário.
      De fato, o normal seria a NTN-B Principal 2024 ter uma taxa menor que a NTN-B Principal 2035 (a incerteza é maior, então o investidor precisa de mais retorno, certo?).
      No entanto, da forma como os preços do Tesouro Direto são calculados, pode existir uma pequena distorção, que nesse caso é de 0,03% a.a.
      Para o investidor de longo prazo esse tipo de distorção é irrelevante, e o objetivo e prazo para o vencimento tendem a prevalecer. O investidor quer investir com um horizonte de 13 ou 24 anos?
      Espero ter ajudado!
      Abs

  3. Hoje invisto na NTN-B principal 2035 visando minha aposentadoria. Assim venho comprando todo mês um 1 título.

    Minha dúvida é a seguinte: Pagarei aliquotas de IR diferentes caso eu compre os títulos até o vencimento?

    Exemplo, títulos comprados até 2033 pagam 15% de IR (2 anos), 2034 e 2035 pagam IR diferenciados…

    • Rafael,
      Você está correto. A alíquota é válido para cada aplicação, cada compra. Se for um título que vence em pouco tempo (menos de 2 anos), a estratégia de compra mensal pode resultar numa tributação pior. No entanto, para a NTN-B Principal 2035, acredito que daqui a 20 anos você já estará pensando em outro prazo… 🙂
      Abs

  4. Ulisses,entrando no NTN-B Principal 2024 e fazer aportes mensais visando os juros compostos é uma boa alternativa?Por exemplo:Iniciar com R$50.000,00 e R$300,00 todo mês.
    Esse blog é excelente!Parabéns…já está nos favoritos.
    Abraço.Fábio.

  5. Ulisses,mais uma dúvida.Fiz uma simulação no site do Tesouro Nacional da seguinte forma:
    -Título:NTB-B Principal
    -Data compra:02/11/11
    -Data vencimento:15/08/2024
    -Valor investido:R$60.000,00
    -Taxa do papel na compra:5,67%
    -Taxa IPCA (%a.a):12,23%
    *O valor líquido do resgate=R$ 445.417,24.
    Isso está correto?A rentabilidade é realmente essa?

    • Fabio,
      Respondendo ambas as perguntas:
      1. Para os objetivos descritos neste artigo, a sua estratégia parece ser muito boa.
      2. Quanto às contas, não sei de onde você tirou esse números, mas parece haver algum equívoco na taxa IPCA. Você está utilizando um valor de 12,23% a.a., que parece muito alto. Para você ter ideia, hoje o IPCA está na casa dos 7%, sendo a meta do governo de 4,5% a.a. Além disso, o importante é observar a taxa da compra do papel, que corresponde aos juros reais (acima da inflação). Com essa taxa, no momento do resgate você deve ter 2,1 vezes o poder de compra atual, ou o equivalente a R$ 126 mil em valor de hoje, descontando os efeitos da inflação.
      Abs

      • Ulisses,é essa que é minha dúvida.Para fins de cálculo no site do Tesouro Nacional o simulador pede: Taxa de Inflação (IPCA) para o Período (%a.a.):
        Agora,novamente para fins de cálculo,devo inserir apenas o IPCA ou IPCA + 6% que é o acumulado do ano?

          • Prezado Ulisses, comprei em abril de 2013 a NTN-B com vencimento para 15/05/2019. No simulador do tesouro direto usei o IPCA para o periodo 5,87% ao ano. Minha duvida é: o que significa periodo? é a inflação esperada de 2013 até 2019? ou é apenas a inflação esperada para 2013? São 2226 dias corridos entre a data da compra e a data do vencimento.
            Eu usei os 5,87% divulgados em junho 2013. Esta correto para efeito de simulação?
            grato

  6. Complicado.Na Europa vc encontra o elenco dos titulos,vencimento ,juros,preço no istante.Compra e uma ora depois,se quiser,mesmo elenco,colloca um preço e vende.
    Eu quero comprar LTNs(o que è a “s”?) do prazo maior.Os bancos,agentes de custodia,cobram 0.5 por ano(enorme)e recusam fazer a compra pra mim, apesar de o Tesouro preve’ esta opçao.B.Brasil,Bradesco.Itau’..todos.Nao encontrei um so’ funcionario que fiz uma compra na sua vida e nao sabem nada.VUO CHEGAR A APRENDER E FAZER SOLZINHO PORQUE’ ESTE è O INVESTIMENTO MELHOR DO MUNDO,NA HORA por segurança e rendibilidade.A selic vai chegar a 6% no massimo de 2 anos e a inflaçao abaixo,por causa da crise mondial bem longa e da perfeita direçao da DILMA-MANTEGA-TOMBINI.Tento aprender como se forma o preço do LTNs elogios pra voces e obrigado.

    • Iannone,
      De fato, será bem difícil achar algum gerente de banco que o auxilie no Tesouro Direto. Não é nem um pouco interessante para os bancos! A solução é buscar uma corretora…
      Quanto à comparação com o mercado internacional de títulos, aqui no Brasil ainda estamos engatinhando no meio de jabuticabas… rsrs
      Abs

  7. BOm dia Ulisses,
    Seu blog é de fato muito bom. Bem estou procurando uma alternativa de investimento fora da poupança.
    Pensei em renda fixa, CDB, e Tesouro direto.
    Gostaria de investir mensalmente 100,00 no tesouro direto. MAs tneho dúvidas. Por exemplo este dinheiro vai sair automático da minha conta corrente? Como é essa compra de títulos, vou ter que ficar todo mes comprando e vendendo??
    Ou esoclho por exemplo o NTN-B 2035 E esqueçi? deixo ele lá rendendo??

    Estou lendo sobre o Tesouro direto, mas me falta um pouco de conhecimento sobre o seus mecanismos de funcionamento.
    Excelente seu blog!!

    • Junior,
      Para valores nessa ordem de grandeza o Tesouro Direto é uma ótima opção.
      Para entender mais sobre o Tesouro Direto, sugiro ler o artigo Como funciona o Tesouro Direto.
      A grosso modo, você abre uma conta em uma corretora, transfere o dinheiro para a corretora (via DOC, por exemplo) e faz a compra. Isso pode ser feito mensalmente, e parece que o Tesouro Nacional vai facilitar ainda mais a compra mensal a partir do ano que vem.
      Quanto a “comprar e esquecer, deixar ele lá rendendo”, se o objetivo for a aposentadoria, é bem por aí mesmo!
      Abs

  8. Ulisses

    Parabens pelo site. Excelente!!! Estou divulgando aqui na empresa. Tenho 38 anos, trabalho em uma multinacional, que desconta en torno de 5% do meu salãrio, onde faz um aporte de 150% do meu valor, em previdencia fechada da empresa. Estou procurando uma forma alternativa de contribuicao, para chegar em algo proximo de 12% para reservas de aposentadoria. A minha duvida: fazer um aporte voluntario na previdencia privada, de modo a chegar aos 12% ou aplicar uns 5% no TD. Caso opte pela providencia, a empresa não faz o aporte sob essa parte voluntaria. Fiz uma analise do previdencia e vi que a parte em açoes tem corroido o rendimento, acho que vou de TD mesmo, na NTN principal 2035. Estou indo bem? Tenho um DI e pequena poupanca como reserva emergencial. Obrigado!

    • Afonso,
      Parabéns pela iniciativa!
      Uma das pouquíssimas situações em que existe vantagem no plano de previdência privado é exatamente no seu caso: quando a empresa faz uma contribuição generosa.
      Já para a outra parte, diria que o mais importante é que ela exista, que você monte essa reserva! Pode ser tanto num plano de previdência como fazendo a alocação direto, depende dos seus objetivos e dos produtos a que tem acesso.
      Aqui faço três ressalvas:
      – a primeira é quanto ao julgamento de que “a parte em ações tem corroido o rendimento”. Afonso, por quantos anos você pretende carregar esse investimento? Será que você não está analisando um período muito curto? Pense na resposta e guarde-a para si, que é isso que importa.
      – a segunda é que esse julgamento pode indicar algo sobre a sua tolerância a risco. Se você ficou muito incomodado com o desempenho num período adversos, talvez seja razoável fazer uma alocação menor ou nem fazer. Isso pode dar uma boa pista sobre o tamanho da alocação que deve ser feita ou a sua tolerância a risco.
      – a terceira é o cuidado com a avaliação. As pessoas tendem a pensar que previdência é para o longo prazo e acabam sendo mais descuidadas na hora de examinar a ‘qualidade’ do produto. Será que cobra taxas demais? Será que entrega resultado? Será que as vantagens do plano de previdência são realmente mais interessantes que um investimento direto?
      Boa sorte com suas reflexões!
      Abs

  9. Boa noite, tenho uma previdência privada, que me cobra 2% de adm e 0,5% de carregamento, num fundo de renda fixa. Faço pequenos aportes mensais, seria mais interessante resgatar e comprar titulos via tesouro direto? se sim qual o mais indicado, para um periodo de 20 anos. Tenho também um fundo de ações Sparta Ciclico, tbm tenho duvida se transfiro para ele. Abraço, parabéns pelo Blog!!

    • Michael,
      Previdência com 0,5% de taxa de carregamento e 2% de taxa de administração para investimento em renda fixa é bastante pesado! Esse plano é da empresa onde você trabalha e ela contribui com alguma coisa também, ou você fez por conta? A estratégia desse artigo, assim como outros artigos do Blog do Investidor que falam sobre títulos públicos são excelentes alternativas.
      Já em relação ao Sparta Cíclico, primeiro devo deixar claro que eu trabalho na Sparta. Esse é um fundo com horizonte de longo prazo e agressivo. Assim, é uma alternativa para investimentos de longo prazo, mas apenas para uma parcela dos seus recursos.
      Abs

      • Ulisses,
        Muito obrigado pela resposta! O plano foi feito por minha conta, vou fazer o resgate e investir no tesouro direto, onde as taxas são bem menores. Quanto ao fundo da Sparta, fiz para um longo prazo mesmo, fiz apenas um aporte e pretendo fazer mais, porém como o valor mínimo é alto (pra mim) tenho que juntar para fazer. Resgatando a previdência, talvez eu divida entre o fundo e o tesouro. Obs. Só de saber que vc trabalha na Sparta, já fico tranquilo…rs Abraço!

        • talvez resgatar a previdencia para investir no TD não seja boa idéia, especialmente se for PGBL (lembre-se do imposto de renda).

          Pode ser melhor opção abrir outro plano, com melhores taxas, e fazer a migração dos recursos, sem perda da contagem dos prazos relativos ao IR.

          Invisto no TD há bastante tempo. Considero ótimo, mas também aposto no PGBL, pensando na restituição do IR. Recentemente contratei um plano com a Mapfre: fundo de RF, sem tx. de carregamento e tx. adm. de 1%a.a. Bem competitivo.

          • Marcelo,
            Embora o apelo dos 12% seja amplamente divulgado (por quem tem interesse), a vantagem para quem faz as contas na ponta do lápis nem sempre existe ou compensa o custo de oportunidade.
            No entanto, se você já tem dinheiro lá, realmente precisa avaliar as alternativas, e no seu caso parecem boas taxas (já que pra renda fixa, é o principal fator de atenção). Mais pra frente falarei sobre isso.
            Abs

  10. Oi Ulisses,
    Muito bom o site! Explicativo e muito esclarecedor! Parabéns pela disponibilidade.
    Acabei de mudar de idéia ao lê-lo. Ia fazer uma previdência privada, mas vou aplicar em títulos visando a aposentadoria.
    Ao fazer aquisições mensais de um título NTN-B 2035, p. ex., as quantias vão sendo somadas automaticamente ou elas aparecem separadas mês a mês?
    Gostaria de saber mais sobre a segunda fase que mencionou no tópico: de geração de renda. Seria para receber renda mensal? Como funciona?
    obrigada!

    • Giselle,
      Infelizmente ainda são muito poucas as situações em que vale a pena fazer uma previdência privada.
      Quando você consulta o extrato no Tesouro Direto, pode visualizar o consolidado por título (ou seja, a soma de todas as suas compras), ou o extrato detalhado, mostrando o valor atualizado de cada compra.
      Sobre a parte de geração de renda, falarei sobre isso nos próximos artigos.
      Abs

  11. Olá Ulisses
    Ganhei um dinheiro de herança, e penso em investir em imóveis, já que tenho um flat no pool e me dá uma rentabilidade razoável, pois comprei na planta. Tenho também títulos públicos NTNB Principal com vencimento em 2015 pensando justamente na aposentadoria, pois tenho 53 anos. Estou justamente com esta dúvida, coloco esse dinheiro em títulos, ou em imóveis, pensando na valorização futura? Tenho notado que os júros dos títulos NTNB Principal estão caíndo, será que mesmo assim vale a pena continuar fazendo aportes?
    Um abraço
    Walder

    • Walder,
      Imóveis e títulos públicos tem perfis bem diferentes. Enquanto nos títulos públicos você tem liquidez, você também tem um retorno já definido (pro bem e pro mal).
      Enquanto o imóvel gera renda (que será gasta ou precisa ser reinvestida), o rendimento da NTN-B Principal vai acumulando (e ganhando juros sobre juros) até o vencimento.
      Quanto a observação das taxas caindo, é verdade. Mas isso não tem problema pra quem já investiu e garantiu uma taxa no momento da compra. E pode ser até bom: quando as taxas caem, significa que os preços sobem mais rápido!
      Sugiro a leitura do artigo sobre gráficos pra ver como é essa dinâmica.
      Nos próximos artigos também abordarei como lidar com títulos públicos na fase de “gerar renda”.
      Abs

  12. Oi, Ulisses!

    Buscando mais esclarecimentos acerca do investimento em títulos públicos indexados à inflação, fiz a seguinte pergunta em um fórum de um blog sobre investimentos que considero muito bom:

    “Considerando que os títulos indexados à inflação (NTN-B) obrigatoriamente pagarão a inflação medida pelo IPCA acrescida de juros pré-fixados, embora apresentem uma volatilidade maior no curto prazo, não seriam a melhor opção para um investimento de longo prazo, visto que o capital investido nunca perderia o poder de compra?
    Em outras palavras: para um investidor de longo prazo, não seria mais interessante investir apenas em títulos indexados à inflação, do que diversificar entre títulos pós-fixados, pré-fixados e indexados à inflação?”

    Obtive a seguinte resposta:

    “Depende do que você considera longo prazo.

    Imagine que você invista com a expectativa de 5 anos.

    Suponha também que após os 5 anos a taxa de juros, que hoje é de 11%, foi para 20%…

    Os títulos pós-fixados apresentariam melhor retorno, sobretudo melhor relação retorno x risco.

    Teoricamente, os títulos indexados a inflação apresentam maiores probabilidades de retorno no longo prazo.

    Mas a diversificação, mesmo que branda, ajudará você a se proteger destes cenários raros.

    E nós nunca sabemos quando e como eles irão ocorrer.”

    Diante do exposto, gostaria de saber sua opinião sobre esses aspectos discutidos no diálogo.

    Não tenho intenção de criar qualquer polêmica acerca do assunto, por isso não mencionei o nome do blog. Até mesmo, como disse, porque considero o autor do blog uma pessoa muito preparada.

    Só gostaria de ouvir outra opinião, visto que ainda não me convenci da vantagem (no longo prazo) em diversificar o investimento em títulos públicos nas três categorias (pós; pré e indexados à inflação). Ainda acho que, no longo prazo (aposentadoria), as oscilações de curto prazo são aceitáveis em troca da rentabilidade garantida acima da inflação.

    Peço desculpas pelo texto tão longo!

    Abraço!

    • VCBN,
      O mais importante de tudo isso é definir o objetivo de cada investimento: você quer retorno, quer proteção da inflação, quer renda ou quer liquidez? Isso é muito pessoal.
      Diversificar é válido e bom, mas existem diversas formas de fazer isso. Você ir pra uma linha mais estatística (como esse autor sempre defende através da alocação de ativos), ou ir pra linhas mais objetivas (como parece ser a sua interpretação, e que bate com a minha).
      Abs

  13. Obrigado, Ulisses!

    Gostaria de aproveitar sua boa vontade e esclarecer outras dúvidas relacionadas ao assunto, se não for inconveniente.

    Considerando o objetivo de vencer a inflação no longo prazo (aposentadoria), um portfólio composto dos seguintes ativos seria interessante?

    – 50% em ações que paguem bons dividendos
    – 50% em NTN-Bs (na verdade, esta metade da carteira seria composta, majoritariamente, de NTN-Bs, mas dentro deste percentual estariam incluídos o equivalente à 6 meses de despesas para emergências, investidos em LFTs ou Fundo DI)

    Por fim, caso entenda que o portfólio mencionado é uma boa opção e, levando em conta que mesmo após a aposentadoria a inflação continuaria corroendo o poder de compra do valor economizado, a estratégia acima descrita não seria viável de maneira perpétua, independente da fase da vida do investidor?

    O objetivo seria proteger o valor economizado dos efeitos funestos da inflação no longo prazo, mesmo após a aposentadoria.

    Obs: A divisão básica da carteira: 50% em títulos públicos e 50% em ações espelha-se no portfólio sugerido por Benjamin Graham para o investidor defensivo em “O Investidor Inteligente”, obra que não faz qualquer restrição à idade do investidor para manter a referida alocação no portfólio.

    Espero não estar exagerando nas perguntas! (rsrs…)

    Antecipadamente, agradeço.

    Abs

    • VCBN,
      Essas perguntas já vão pra uma linha bem pessoal. Não só não vejo nenhuma atrocidade, como acho bastante razoável, dentro da filosofia mais conservadora. Se for feito um balanceamento periódico (anualmente, por exemplo) para voltar a equilibrar as proporções, pode ser uma estratégia muito vencedora!
      Continue acompanhando o Blog do Investidor e você verá que apesar de aparentemente simples, essa estratégia é bastante sofisticada e envolve muitos conceitos importantíssimos.
      Abs

      • Oi, novamente, Ulisses!

        Sei que o tópico trata de aposentadoria com títulos públicos, mas, já que começamos a falar sobre o portfólio para a aposentadoria e a relação dos investimentos com a inflação, gostaria de aprofundar o assunto (mais uma vez, se não for inconveniente).

        Qual a sua opinião sobre os fundos imobiliários?

        1) Considerando que a maioria dos contratos de aluguel de imóveis são corrigidos pelo IGPM, os fundos imobiliários poderiam compor a carteira de longo prazo para um investidor que pensa em uma aposentadoria protegida da inflação ?

        2) A alocação adiante descrita seria interessante para alcançar os objetivos mencionados? (1/3 em NTN-Bs; 1/3 em ações que pagam bons dividendos e 1/3 em fundos imobiliários)

        3) Os fundos imobiliários ainda representam um mercado muito novo e sem liquidez no Brasil? Em caso afirmativo, alocar 1/3 das reservas financeiras neste tipo de ativo seria muito arriscado?

        Peço desculpas, novamente, pelo texto tão longo.

        Espero não estar fugindo muito do assunto…

        Abs

        • VCBN,
          Acho que você já pesquisou bastante a respeito, só está faltando um pouco de confiança nas suas próprias conclusões, não?
          Abordarei os fundos imobiliários no ano que vem. Se por um lado os rendimentos são isentos de IR, os ganhos de capital são tributados a 20%. E se os rendimentos são pagos regularmente, ou precisam ser reinvestidos, ou podem fazer parte de uma estratégia de geração de renda…
          Abs

          • Oi, Ulisses!
            Fico feliz com o “retorno” de vocês.
            Aproveito o ensejo para dar continuidade à conversa acima (se for possível – rsrs…)
            Acabei não dando início ao investimento em fundos imobiliários. Acho que vou continuar com os títulos públicos e as ações de dividendos mesmo. Mas, quem sabe, com uma alocação um pouco diferente da mencionada no outro comentário.
            Recentemente, li o livro Investimento em Valor (autor: Christopher Browne)
            O autor sugere que o investidor mantenha uma reserva em renda fixa equivalente aos gastos pessoais de um período de três anos. Todo o resto do capital deveria ficar em ações de valor.
            Ele afirma que a reserva de três anos de gastos deixaria o investidor tranquilo para enfrentar os períodos de baixa na bolsa. Embora saiba que, algumas vezes, esses períodos possam superar três anos, afirma que as ações de valor costumam cair menos em tempo de crise e se recuperam mais rápido do que a média do mercado.
            Diante disso, pensei que, sendo um pouco mais conservador, seria interessante manter o equivalente a 5 (cinco) anos de despesas em um fundo DI de longo prazo e investir o restante, daí para frente, em ações que pagam bons dividendos (especificamente em mid caps que pagam bons dividendos). Pensei em mid caps que pagam dividendos porque, além da boa remuneração em dividendos, essas ações ainda têm um bom potencial de crescimento (ao contrário das large caps), com uma volatilidade menor que as small caps. Além disso, conforme estudo feito por Jeremy Siegel (no livro Investindo em Ações no Longo Prazo), as ações que apresentaram o melhor desempenho no longo prazo foram as ações de valor com menor capitalização.
            Resumindo: O portfólio que mantém o equivalente a 5 (cinco) anos de despesas mensais em um fundo DI de longo prazo e o restante em ações mid caps que pagam bons dividendos é razoável para um investidor jovem (com um horizonte de tempo de mais de 25 anos)?
            Mais uma vez, peço desculpas pelo texto tão longo.
            Grande abraço!

  14. Boa noite Ulisses!
    Lá no meu extrato consolidado do Tesouro aparece que, de cinco de março de 2012, data da minha compra em NTB-Principal, até hoje, 15 de maio, houve uma valorização bruta de 16,39 % no meu valor aplicado. Uma dúvida, se eu precisar vender o total dessa minha aplicação , antes do vencimento, o valor que receberei é aquele que aparece, nesse mesmo extrato, como valor líquido da aplicação na posição do dia de quarta-feira, 16 de maio de 2012?
    Abraços e obrigado!