Escrevi um artigo sobre como economizar nas pequenas despesas, mas hoje vou inverter a linha de raciocínio: quando é que a economia de pequenas coisas custa caro?
Quem nunca se arrependeu de uma escolha na qual pensou estar levando vantagem, mas no final das contas acabou saindo mais caro? Embora pareça óbvio, nem sempre o mais barato é a melhor opção, e isso pode acontecer por diversas razões.
Toda opção tem suas vantagens e desvantagens, por isso que o leitor deve refletir e escolher bem, sempre pensando em prazos longos, riscos de problemas maiores e no tempo que será gasto para realizar esta economia.
Mais da metade dos novos negócios no Brasil acabam em até 5 anos. Há muitos motivos envolvendo esta alta mortalidade, mas uma das principais é a falta de planejamento. Num primeiro momento dinheiro e tempo são economizados ao não contratar consultorias ou fazer um bom planejamento, mas depois esta economia aumenta a probabilidade de imprevistos acontecerem.
E o velho “faça você mesmo” também tem seu papel: é comum se preocupar mais com o custo do que com o resultado, o que é errado.
Desde a automedicação, passando pela economia com profissionais de saúde mais baratos, até a tentativa de resolver processos trabalhistas por conta própria, não envolvendo um advogado especializado.
Na área financeira é comum a idéia de que não é preciso procurar ajuda profissional (pagando um planejador financeiro ou um gestor de fundos, por exemplo), e achar que é fácil ganhar dinheiro em renda variável gastando 2 horas por dia com gráficos.
Mais uma vez é dada uma importância maior ao quanto o outro vai receber, do que com o quanto que eu vou ganhar.
E em relação a automóveis? Temos o velho dilema, que vale um artigo inteiro: comprar novo ou usado? É verdade que o novo desvaloriza-se consideravelmente só de “pisar” fora da concessionária, mas não necessariamente o usado será o melhor negócio.
Mas não é só isso, a lista relacionada a carros é extensa:
- não pagar o seguro e tê-lo roubado,
- não efetuar revisão na concessionária e perder a garantia e preço de revenda,
- não trocar o óleo e não fazer outras manutenções periódicas e ter de trocar peças mais caras,
- não efetuar balanceamento/alinhamento ao trocar os pneus e perder sua vida útil,
- não voltar de taxi depois de beber e ser pego na blitz (para não falar de outras conseqüências piores),
- consertar o carro em oficinas baratas e desconhecidas,
- demorar muito para lavar o carro e ter sua pintura manchada
- e a mais comum: abastecer em posto de gasolina sem bandeira para economizar 10 centavos por litro. Pense bem, ao abastecer um tanque de 40 litros em um posto 10 centavos mais barato, sua economia é de R$ 4! Será que vale a pena?
Há também outros exemplos do dia-a-dia:
- comprar roupas de tamanho diferente em promoções ou bazares pensando em ajustá-las depois (ou que irá emagrecer),
- comprar algo em compra coletiva e não usar a tempo,
- não ter plano de saúde e adoecer ou sofrer um acidente,
- comprar algo mais barato em um website desconhecido ou de leilões e não ter o produto entregue,
- importar algum produto que seja apreendido na alfândega…
Poderia continuar infinitamente com exemplos, mas acho que o recado está dado.
O que posso fazer então?
Não há fórmula mágica, mas lembre-se sempre que:
- É importante analisar outras características além do preço inicial ao fazer uma escolha, pois nem sempre a melhor alternativa é a mais barata.
- A decisão de pagar ou não por algo deve ser feita com base no quanto você receberá em troca. Se você tem muito a ganhar, não é errado remunerar bem o produtor/vendedor.
- Tempo é dinheiro, e com o passar do tempo ele se torna cada vez mais valioso. Afinal, quanto vale o tempo que você passa com sua família? Quanto você pagaria para ter mais tempo com ela? O Henrique Carvalho do HC Investimentos publicou um ótimo artigo sobre o assunto, considerando o “trade-off” entre tempo e dinheiro, vale a pena ler neste link.
É como eu sempre digo: um artigo caro pode ser bom ou ruim, mas um artigo barato será sempre ruim. Excelente artigo, parabéns!
Dr. Money, resumiu tudo em poucas palavras!
Abs!
Ótimo artigo Vitor!
O “faça você mesmo” é um problema que percebo bastante hoje em dia. Geralmente, os resultados falam por si só…
Por coincidência postei ontem no meu facebook:
“Se você acha que especialistas custam caro, experimente os amadores…”
E muito obrigado pela referência ao meu artigo no Dinheirama! 🙂
Abraços!
Obrigado Henrique!
Artigos bons como os teus devem ser sempre compartilhados! Eu havia escrito este artigo há muito tempo atrás e não tinha publicado.
Abs!
Parabéns pelo artigo que nos remete a boas reflexões cotidianas. Assim com o Henrique Carvalho mencionou em seu comentário, também tenho percebido um grande apreço recente pelo “do it yourself” e frustrações cada vez mais intensas do que eu chamo de “economia burra”. Eu ainda acho que é um desafio para a mente humana lidar com os famosos “trade-offs” que aparecem no nosso caminho e os financeiros, em geral, são mais complexos!
Mais uma vez, parabéns pelo artigo e pelo Blog!
Abraços!
Olá Vinicíus!
Eu até pensei em colocar o título como “economia burra”, porque é o que realmente o artigo se refere.
Abs e obrigado pela participação!
Excelente artigo, Vitor!
Duas coisas:Quanto a alta mortalidade de empresas iniciantes, as vezes eu acho que o despreparo por parte do gerente(ou dono) tem uma parte considerável na estatística.Em especial algumas pessoas que por impulso resolvem abrir uma empresa, sem pensar em mercado, custo, experiência, esse tipo de coisa.(As vezes eu tenho a impressão de que franquias ajudam a piorar esse quadro, mas não tenho certeza).
O problema dessa questão de ver se algo realmente vale o que se pede é que isso demanda uma certa experiência(que normalmente envolve alguns tropeços).Mas que vale a pena pensar nesses detalhes para tudo, vale.Ajuda a economizar bem.
Rafael,
O despreparo de inexperiência pode ser prevenido em parte com consultorias e planejamento, mas isso demanda dinheiro e tempo.
Abs e obrigado pela participação!
A foto comparando as tatuagens por preço ilustra muito bem o conceito!XD
A parte de importar algum produto que foi apreendido na alfândega doeu no meu bolso pois já aconteceu comigo…
Rafael,
Nem me fale, também já sofri com isso, mas no meu caso foi ao voltar com eletrônicos na mala após uma viagem.
Abs e obrigado pela participação!
[…] um profissional: o serviço não é caro e evita muitos problemas, por isso não deixe o barato ficar caro. Lembre-se que consultar um profissional não exclui a necessidade de organizar as suas […]
Parabens pelo artigo. E basicamente é isso mesmo, porem vale lembrar que uma analise de risco ao economizar é bem aceita, porque muitas vezes nos enfrentamos a fazer um pre conceito que o barato é ruim e o caro é bom..e nem sempre a margem de lucro do bom serviço ou produto é alta e vice versa.
Muito bem, muitas vezes se paga caro por utilizar um serviço ineficiente pondo o projeto todo em risco.
Parabéns pelo post. Reune muitos acontecimentos do nosso cotidiano. Frequento o Blog do Investidor pois aplico e escrevo no meu Blog (Mão de Vaca Web) também sobre o assunto. Parabéns!
Parabéns pelo post, é bem próximo a ralidade da maioria da população, também temos dicas de como ganhar mais ou gastar menos em nosso novo blog o GM2x Visitem-o através do link: http://goo.gl/qtXgmr
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Prezados,
Identifiquei no meu banco que meu CPF está irregular, entrei no site da RECEITA FEDERAL, e consultei e realmente afirma que estou irregular, pois deveria ter declarado IR, entretanto somente comecei a trabalhar com carteira assinada em maio de 2013. Já tinha passado o prazo de declaração, o que posso fazer para regularizar isso? Quais as providências?
Bom dia, mais uma para a lista…
“Deixar de pagar R$ 30,00 para um MOTOFRETISTA PROFISSIONAL e entregar para um motoboy clandestino ou terceirizada picareta que cobra R$ 12,00 a mesma corrida e tomar uma multa rescisória de R$ 50.000,00 reais por o documento não ter chego no local no horário combinado, dormi tão feliz no dia que soube do ocorrido, FATO OCORRIDO COMIGO na época que eu trabalha como MOTOFRETISTA PROFISSIONAL.
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