Você já viu a seguinte situação: 1 produto por R$ 10 reais, 2 por R$ 15 e 3 por R$ 20? E quem já não viu pacotes de viagem que custam R$ 2.000 por pessoa, mas se fechar um grupo de 10 pessoas, sai a R$ 1.200 por pessoa? E quem já não se assustou com o tamanho dos descontos de sites de compras coletivas como o PeixeUrbano? Tudo isso só é possível por causa dos ganhos de escala. Quanto maior o volume, maior o poder de negociação do cliente. E quanto maior o poder de negociação, melhores são os preços e condições.
E quando um conjunto de pessoas possui interesses convergentes e querem buscar soluções de forma coletiva? Vamos tomar como exemplo os moradores de um prédio: todos querem segurança, precisam de manutenção das áreas comuns, regras de conduta e convívio, etc. Mal conseguimos imaginar o que aconteceria se cada um tomasse as providências do seu jeito. E justamente para organizar esses interesses, a solução é a execução de ações em nome do conjunto de indivíduos, ou seja, de um condomínio. É ele quem contrata os funcionários e prestadores de serviço, paga conta de água e eletricidade das áreas comuns, etc. Não bastasse o benefício da organização, o condomínio ainda tem ganho de escala na contratação de serviços e compras, e todos ganham com custos menores do que teriam individualmente.
Um fundo de investimento é um condomínio financeiro. Investidores com um objetivo em comum reúnem seus recursos sob a forma de condomínio para investir em títulos e valores mobiliários.
Ao contrário do condomínio de um prédio, o fundo de investimento tem uma finalidade de trazer lucro para seus condôminos (neste caso, os cotistas). Os fundos de investimento são altamente profissionalizados e todas as atividades relacionadas são regulamentadas pela Comissão de Valores Mobiliários. A CVM é a autarquia responsável por fiscalizar e regular o mercado de valores mobiliários, sempre protegendo os investidores, um papel semelhante ao da Anatel em relação às operadoras de telefonia. Dessa forma, o fundo de investimento contrata diversos prestadores de serviço especializados para exercer suas atividades, como o gestor, o administrador, o custodiante e o auditor independente.
Dentre os prestadores de serviços de um fundo, o gestor exerce uma função de grande importância: ele é o responsável pela escolha dos investimentos que serão feitos pelo condomínio, de acordo com o estabelecido pela política de investimento do fundo. Quando estamos doentes, buscamos um profissional que entende de saúde, o médico. No mundo dos investimentos, o gestor é o profissional que define estratégias e faz os investimentos para o fundo.
Assim, o fundo de investimento é uma ótima alternativa para investidores em geral. Salvo casos muito específicos, a tributação é muito mais interessante (lembram dos juros compostos?). Além disso, ao invés de gastar horas tentando analisar cada ativo, o cotista delega essa tarefa ao gestor, que é um profissional de investimentos especializado e só faz isso. Finalmente, os ganhos de escala com o volume do fundo de investimento são enormes, da ordem de dezenas de vezes.
Nos próximos artigos mostraremos quais as funções de cada prestador de serviços contratado pelo fundo, como escolher um fundo de investimento adequado, quem deve investir num fundo de investimento, como investir, quais os cuidados que devem ser tomados, o que é importante observar antes de investir e como acompanhar os seus investimentos em fundos. Aguarde!
Ulisses Nehmi é editor do Blog do Investidor e profissional da área de investimentos.
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Joe, o site é confiável sim, inclusive é uma ótima ferramenta para fazer análise de fundos de investimentos, acompanhar cotações, PL, taxas, fatos relevantes, bem como a possibilidade de poder fazer uma comparação direta com os principais índices do mercado. Vale muito a pena.
Muito bom.